sexta-feira, 27 de março de 2009

HARMONIA

Caros,

A partir de hoje estarei escrevendo sobre um assunto que deixa muitos colegas instrumentistas de cabelo em pé e desesperados antes de provas na faculdade:


HARMONIA


No meu curso na faculdade, eu percebi que em geral falta uma base teórica mais sólida de alguns para que possa haver um melhor aproveitamento do curso de harmonia. A idéia inicial era criar uma apostila para o curso da faculdade, mas um lúcido professor logo me libertou dessa idéia totalmente maluca que me tomaria dias (senão anos) de puro desgaste mental. Não quero me demorar com explicações de porquês e ficar ilustrando o que há de errado, senão entrar logo no assunto.

Não sei exatamente como começar, porém acredito que se não começamos de alguma forma, nunca chegaremos a lugar algum. Por isso irei começar com o básico e gradativamente adicionar mais informações e eventuais correções nas besteiras que eu certamente irei colocar aqui (nem por maldade, nem intencionalmente). Esse “guia” para o estudo da harmonia será pensado para aqueles que estão tendo mais dificuldade no aprendizado dessa matéria, ou seja, não tem como objetivo iniciar discussões aprofundadas sobre temas nebulosos que aparecem freqüentemente nas nossas aulas.

Bom, chega de balela. Vou procurar usar uma linguagem clara, sem muito formalismo. O importante aqui é que todos entendam.


CONHECIMENTO BÁSICO


Antes de tudo devemos ter em mente que harmonia não é um assunto para ser ensinado a iniciantes em música, pois para um melhor aproveitamento do estudo o aluno deve possuir um conhecimento sólido de teoria musical. Dois tópicos que são muito utilizados na harmonia me vêm à cabeça no momento:

1. Intervalos

Nós devemos poder olhar para duas notas de alturas diferentes e imediatamente reconhecer distância (uníssono, 2ª, 3ª, 4ª, etc) e classificação (maior, menor, diminuta, etc). Para isso precisamos praticar, obviamente. Porém como praticar se mal sabemos o que significa cada coisa?

Intervalo é a distância que há de uma nota a outra. Repare que começamos a contar o intervalo a partir da primeira nota, a mais grave. Notas de mesma altura (notas iguais) nós chamamos deuníssono.

Nós temos intervalos melódicos, que podem ser ascendentes ou descendentes:

Repare que independente se o intervalo é ascendente ou descendente, nós começamos contando a partir da nota mais grave.

Temos também os intervalos harmônicos que são duas notas tocadas simultaneamente:

Bom, primeiro exercício:

Fale para você mesmo (ou pense) em duas notas. Num primeiro momento considere a primeira nota a mais grave. Logo após diga qual seu intervalo. Apenas o intervalo sem levar em consideração a classificação. Por exemplo:


Do – Sol -> 5ª

Fa – La -> 3ª


Num segundo momento considere a primeira nota a mais aguda:


Do – Sol -> 4ª

Fa – La -> 6ª


Varie o máximo possível e até repita várias vezes os mesmos intervalos (isso é inevitável). Esse é um exercício que pode ser feito em qualquer lugar e qualquer hora.

É importante não contar o intervalo. Muitas pessoas têm a mania de ficar contando os intervalos nos dedos, e apesar de algumas conseguirem uma certa agilidade e rapidez com isso, nunca vão olhar um intervalo e de cara saber qual é.


Classificação


(Continua...)


2. Acordes

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